Estrutura de um Vetor de Registros
Agora que já nos familiarizamos com os registros, que são como fichas personalizadas para agrupar informações diferentes sobre uma mesma coisa, podemos dar um passo enorme em nossa programação. Imagine que criar uma ficha para um único aluno, com seu nome, idade e nota, já nos trouxe um grande poder de organização. Mas pense na realidade: uma sala de aula não tem um, mas sim vários alunos. Uma empresa não tem um, mas sim dezenas de funcionários. Uma biblioteca não tem um, mas sim milhares de livros. Como gerenciar todos esses registros de forma prática?
É aqui que entramos no conceito do Vetor de Registros. Se um registro é uma ficha, um vetor de registros é aquela pasta de arquivo, a gaveta ou a estante inteira onde guardamos todas as fichas juntas, uma do lado da outra, e—o mais importante—numeradas. Isso significa que podemos criar, de uma só vez, não apenas uma, mas uma coleção inteira de registros idênticos em sua estrutura, mas diferentes em seu conteúdo.
Vamos tornar isso mais claro com um exemplo do nosso dia a dia. Pense em uma agenda de contatos do seu celular. A estrutura de um contato (um registro) sempre é a mesma: nome, telefone, e-mail. Sozinha, essa estrutura é útil para guardar uma pessoa. Mas a magia acontece quando sua agenda usa um vetor desses registros. Ele cria uma lista (o vetor) onde cada posição guarda um contato completo (um registro). A posição 1 tem os dados da Ana, a posição 2 os do Bruno, a posição 3 os da Carla, e assim por diante. Isso permite que você percorra toda a lista, buscando um nome, editando um telefone ou adicionando um novo contato ao final.
Na programação, é exatamente assim que funciona. Unimos duas ferramentas poderosas que já aprendemos: os vetores (listas de dados) e os registros (dados estruturados). Criamos um vetor cujo tipo de dado não é um número simples ou um texto, mas sim a nossa estrutura complexa, o nosso registro.
Por exemplo, para gerenciar os produtos de uma loja, faríamos:
Primeiro, definimos o registro
Produtocom os campos:nome,precoequantidade_estoque.Depois, declaramos um vetor que vai armazenar esse tipo de registro:
var estoque: vetor[1..100] de Produto.
Pronto! Agora temos estoque[1], que é o primeiro produto com seu nome, preço e quantidade. Temos estoque[2], que é o segundo produto, e assim por diante até o centésimo. Podemos usar um loop simples para preencher os dados de todos os produtos, outro loop para calcular o valor total do estoque (somando preco * quantidade_estoque de cada registro no vetor), e outro loop para listar todos os produtos que estão com estoque baixo.
Essa combinação é um dos alicerces para construir programas robustos e que refletem problemas do mundo real. Deixamos de lidar com dados soltos e passamos a gerenciar coleções de informações completas e organizadas, abrindo as portas para criar sistemas de cadastro, inventários, catálogos e muito mais, tudo de forma lógica e eficiente.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO (MSI 01)
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